28 jun 2016 - 18h35

Quem avalia o conselho de administração

Por Viviane Doelman

Refletir sobre o papel desse grupo é vital para a empresa

Muito se fala sobre a importância de uma governança corporativa bem estruturada nas empresas e o papel do Conselho de Administração nesse cenário. O fórum onde deve se trabalhar a estratégia do negócio para assegurar sua longevidade é o Conselho de Administração. Esse grupo tem, ainda, a responsabilidade de ser o guardião dos valores da companhia. É papel do Conselho acompanhar a operação e os resultados entregues por seus executivos. A tarefa também consiste em observar constantemente o desempenho e o alinhamento com o planejamento estruturado para o negócio – tanto no médio como no longo prazo. Mas uma peça está faltando. Afinal, quem avalia o Conselho de Administração?

Apreciar os méritos e defeitos de Conselhos é um mecanismo comum na Europa e nos Estados Unidos. Nesses locais, as práticas de governança estão mais disseminadas e devidamente adotadas por organizações de diferentes portes. Os membros da equipe procuram ser avaliados identificando questões a melhorar e que possam enriquecer sua contribuição à organização. 

A realidade brasileira é bastante diferente. Vários aspectos contribuem para que esse expediente saudável ainda não esteja disseminado por aqui. A maturidade no processo de adoção da governança é o primeiro dos obstáculos. Ora, se não há um conhecimento adequado do papel do Conselho, a adoção de um recurso que critique a sua dinâmica e proporcione a elevação da eficácia parece, naturalmente, algo distante. Ainda assim, observa-se um número cada vez maior de empresas buscando seguir boas práticas de governança em razão de todas as vantagens. 

As empresas devem permanecer vigilantes para que os benefícios conquistados pela adoção da governança se perpetuem e agreguem valor para o negócio de forma consistente. Do mesmo modo, é de vital importância a conscientização dos conselheiros tendo em vista a necessidade de fazer avaliações próprias usando parceiros externos, por exemplo.  Essa pausa poderá ser extremamente benéfica para a sustentabilidade da companhia. 

 Artigo Publicado na Revista Amanhã em Maio/2016 – http://bit.ly/2FNPTZo

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