14 fev 2017 - 16h23

Opinião de valor: 5 ferramentas da governança corporativa para enfrentar o ano-novo

Viviane Doelman fala no Jornal da Industria e Comercio sobre as ferramentas da Governança Corporativa para enfrentar o ano novo.

No rádio, um comentarista de economia e política faz a seguinte pergunta: quando 2016 vai acabar? Embora o calendário nos indique que falta pouco, a sensação que se tem é de que as consequências de tantas coisas que foram disparadas no decorrer de 2016, e que direta ou indiretamente afetam as empresas, seus resultados e colaboradores, irão se estender por mais dois anos. O dia-a-dia dos empresários já é por si só cheio de emoções. Há o que fazer para estar melhor preparado para enfrentar cenários ainda mais incertos e instáveis?

A governança corporativa pode ser uma arma bastante efetiva. As ferramentas de governança, se bem aplicadas, protegem a empresa dos conflitos de acionistas, muito comuns em cenários de stress. Temos aqui 5 recursos da governança que podem ser de grande valia para entrar preparado no novo ano, mas que podem ser usados em qualquer momento:

  1. Acordo de Acionistas

O acordo de acionistas prevê o endereçamento de situações de potencial conflito, evitando vias judiciais que se arrastam por anos e que desgastam profundamente os relacionamentos.

  1. Conselho Consultivo ou de Administração

Os Conselhos são fóruns que obrigam o acionista a sair da pauta rotineira e pensar estrategicamente, colocando a empresa em cenários adversos ou de expansão e investimento, e traçando os passos para se alcançar a visão e os resultados projetados.

  1. Conselheiros Independentes

Trazer conselheiros independentes para compor os conselhos eleva as discussões a um novo patamar. Estes são profissionais de mercado, com especialidade em certas matérias que complementem a visão dos acionistas e agregam às discussões. A composição diversificada do conselho, e adequada ao momento da empresa, pode ser um grande diferencial no processo de atingimento de resultados.

  1. Código de ética e conduta

A criação, documentação e comunicação dos princípios éticos e de conduta esperados de todos os colaboradores da empresa (inclusive diretores e acionistas), através do Código de ética e conduta, aumenta o nível de confiança interno e externo das organizações, valorizando dois de seus principais ativos: imagem e reputação.

  1. Avaliação de Conselho, conselheiros e da diretoria executiva

Use o momento de reflexão que o ano-novo traz para avaliar as peças que compõem a empresa e sua governança. A avaliação estruturada da eficácia do conselho, do desempenho dos conselheiros e da diretoria executiva, dará direcionamento para que estas figuras sejam melhor utilizadas, e agreguem valor à empresa nos desafios que esta enfrentará.

(*) Viviane Doelman é diretora da 3G Consultoria – Governança, Gestão e Gente

NB: Viviane alternou períodos como executiva em grandes multinacionais e consultora de Executive Search nos últimos 12 anos. Atuou como head de área de projetos de transformação organizacional no Grupo HSBC, liderando equipe no Brasil que conduzia projetos nas sedes espalhadas pelas Américas. Na Holanda, trabalhou na área de Crédito e Risco do ABN Amro Bank, em Amsterdam, com projeto global de consolidação de sistemas e processos.

Como consultora de executive search na FESA Global Executive Search, conduziu pessoalmente processos de busca de altos executivos (C´Level) para diversos segmentos de mercado, com foco em empresas da região sul do país. Atuou em diversos projetos de avaliação de executivos. Viviane tem MBA Executivo pela Fundação Getúlio Vargas, RJ, é formada em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba e cursou Administração de Empresas pela Universidade Federal do Paraná. Fluente em inglês e holandês, é certificada.

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