19 ago 2019 - 13h18

Como o ambiente permite a chegada do novo

O ambiente empresarial demanda conhecimento dos desafios e flexibilidade para novas abordagens

 Por VivianeDoelman*

O ambiente é um importante fator de estímulo. Quando é aberto ao novo liberas espaço para se testar novos modelos e formas de trabalhar.

Curitiba é uma das poucas cidades brasileiras que têm convivido com iniciativas inovadoras de impacto coletivo como uma característica que se expressa no urbanismo e na arquitetura.

Desde os anos 70, há uma linha de pensamento que permeou as gerações das décadas seguintes. Esse fenômeno traz um ponto de reflexão sobre as causas que tonaram a cidade um celeiro de negócios da nova economia, muitos dos quais com caráter social e de inclusão.

A existência de um ambiente mais inclusivo e que acolha outras possibilidades é muito importante porque toda inovação traz mudança e, via de regra, pessoas, empresas e negócios resistem e tendem a querer preservar o status quo.

É preciso uma dose de ousadia, pensamento de longo prazo, compromisso e coragem com a execução de planos que fogem do que estamos acostumados.

Trabalhar com negócios socialmente responsáveis e de impacto é, ao mesmo tempo, um desafio e um acelerador. No lado da aceleração, nossa sociedade oferece inúmeras possibilidades e oportunidades a serem endereçadas.

O desafio é, além de sustentar-se financeiramente, que estas iniciativas convivam com a influência do Estado, tão presente no Brasil, envolvido em quase todas as esferas. Quando esse movimento de inovação ganha escala e passa a ser adotado pelo público, o Estado tende a querer regulá-lo, legislar, taxar e, muitas vezes, desvirtuar e inviabilizar o que está nascendo.

Estamos vivendo o desenvolvimento de um novo sistema de pensamento para lidar com a complexidade de cenários em nossas empresas e na sociedade, de forma bem-sucedida.

De um lado, a educação tem papel crítico para que se absorva um novo conhecimento. De outro, são necessários líderes empresariais flexíveis e abertos, que não fiquem presos a convicções forjadas em uma era com características distintas da que se está se consolidando.

Deve ser aceitável que novos entrantes tragam uma nova dimensão às dinâmicas estabelecidas. É necessário criar-se um ambiente de abertura ao novo.

*Viviane Doelman é sócia da 3G Governança, Gestão e Gente

www.3gconsultoria.com.br

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