26 set 2019 - 19h48

Diretor de governança da Petrobras atuou como promotor no combate à corrupção

Indicação é tendência entre as grandes empresas

O mercado aponta uma nova tendência entre as grandes empresas na hora de estruturar as áreas de compliance e na inserção de membros em seus Conselhos: trazer para seus quadros profissionais com atuação nas instâncias públicas de combate à corrupção e ao crime organizado.

Foi o que fez a Petrobras, mais recentemente. O Conselho de Administração da empresa elegeu no fim de agosto Marcelo Barbosa de Castro Zenkner para o cargo de diretor executivo de Governança e Conformidade. Formado em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), ocupa desde fevereiro de 2019 o cargo de consultor da presidência da estatal e é membro do Comitê de Medidas Disciplinares da Petrobras, órgão do Sistema de Integridade, ligado diretamente ao Conselho de Administração.

De 1997 a janeiro deste ano, atuou como promotor de Justiça membro do Ministério Público do Estado do Espirito Santo, onde ocupou várias funções no combate à corrupção e ao crime organizado. Até abril de 2016, atuou como secretário de Controle e Transparência do Estado do Espírito Santo, o primeiro estado brasileiro a criar uma estrutura administrativa e a aplicar sanções administrativas com base na Lei Anticorrupção Empresarial e premiado pela Controladoria-Geral da União com o primeiro lugar no cumprimento das regras da Lei de Acesso à Informação (2015) e pelo Ministério Público Federal com o primeiro lugar no ranking dos melhores portais de transparência no Brasil (2015).

Zenkner é professor da Faculdade de Direito de Vitória, além de executar atividades acadêmicas em outras instituições estrangeiras e locais, incluindo a Universidade Nova de Lisboa e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A indicação do novo diretor foi objeto de prévia análise pelo Comitê de Pessoas do Conselho de Administração da Petrobras.

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